quarta-feira, 11 de abril de 2012



ciclo lisogênico
No ciclo lisogênico, o vírus invade a bactéria ou a célula hospedeira, onde o DNA viral incorpora-se ao DNA da célula infectada. Isto é, o DNA viral torna-se parte do DNA da célula infectada. Uma vez infectada, a célula continua suas operações normais, como reprodução e ciclo celular. Durante o processo de divisão celular, o material genético da célula, juntamente com o material genético do vírus que foi incorporado, sofrem duplicação e em seguida são divididos equitativamente entre as células-filhas. Assim, uma vez infectada, uma célula começará a transmitir o vírus sempre que passar por mitose e todas as células estarão infectadas também. Sintomas causados por um vírus que se reproduz através desta maneira, em um organismo multicelular podem demorar a aparecer. Doenças causadas por vírus lisogênico tendem a ser incuráveis. Alguns exemplos incluem a AIDS e herpes. 



Ciclo Lítico
No ciclo lítico, o DNA viral, já no interior da bactéria, interrompe as funções normais da célula hospedeira e passa a comandar o seu metabolismo. Os genes do bacteriófago são transcritos em moléculas de RNA e traduzidos em proteínas virais. Isso ocorre porque as enzimas de transcrição e tradução da bactéria não distinguem os genes do invasor de seus próprios genes.
As primeiras proteínas virais que se formam são enzimas capazes de multiplicar o DNA viral ou inibir o funcionamento do cromossomo bacteriano. O passo seguinte é a produção das proteínas que constituirão as cabeças e caudas dos novos vírus, para depois se agregarem ao DNA, formando vírus completos.
Cerca de 30 minutos após a entrada de um único fago invasor na célula bacteriana, cerca de 200 novos bacteriófagos são produzidos. Nesse momento inicia-se a lise, ou seja, a ruptura da célula bacteriana, e os novos bacteriófagos são libertados, podendo infectar outras bactérias e iniciar outro ciclo. Em vírus humanos e de animais, a produção maciça de vírus provoca um esgotamento da célula, favorecendo a lise celular. A célula produz grande quantidade de vírus e fica sem poder compor suas próprias estruturas.
Os vírus que apresentam o ciclo lítico são chamados de virulentos ou vírus líticos








Doenças Causadas por BactériasTuberculose: é causada pelo bacilo Mycobacterium tuberculosis, ataca geralmente os pulmões. Há tosse persistente, emagrecimento, febre, fadiga e, nos casos mais avançados, hemoptise. O tratamento é feito com antibióticos e as medidas preventivas incluem vacinação das crianças - a vacina é a BCG (Bacilo de Calmet-Guérin) - radiografias e melhorias dos padrões de vida das populações mas pobres.
Hanseníase (lepra): transmitida pelo bacilo de Hansen (Mycobacterium lepra), causa lesões na pele, nas mucosas e nos nervos. O doente fica com falta de sensibilidade na pele. Quando o tratamento é feito a tempo, a recuperação é total.
Difteria (crupe): muitas vezes fatal, é causada pelo bacilo diftérico, atacando principalmente crianças. Produz uma membrana na garganta acompanhada de dor e febre, dificuldade de falar e engolir. O tratamento deve ser feito o mais rápido possível. A vacina antidiftérica está associada à antitetânica e à antipertussis (essa última com a coqueluche) na forma de vacina tríplice.
Coqueluche: doença típica de crianças produzindo uma tosse característica, causada pela bactéria Bordetella pertussis. O tratamento consiste em repouso, boa alimentação e, se o médico achar necessário, antibióticos e sedativos para a tosse.
Pneumonia bacteriana: embora algumas formas de pneumonia sejam causadas por vírus, a maioria é provocada pela bactéria Streptococcus pneumoniae, que ataca o pulmão. Começa com febre alta, dor no peito ou nas costas e tosse com expectoração. O médico deve ser chamado para iniciar o tratamento com antibióticos e o doente deve ficar em repouso.
Escarlatina: provocada pelo Streptococcus pyogenes. Causa dor de garganta, febre, dores musculares, náuseas e vômitos. As amígdalas ficam inflamadas, com pus, e a língua apresenta pequenas saliências ("língua de framboesa"). Depois disso surgem erupções na pele e manchas vermelho-escarlates. O médico deve ser consultado e o doente tem que ficar em repouso. De modo geral, a evolução é benigna, mas pode haver complicações causadas pela disseminação da infecção para outros órgãos do corpo.
Tétano: produzido pelo bacilo do tétano (Clostridium tetani), pode penetrar no organismo por ferimentos na pele ou pelo cordão umbilical do recém-nascido quando este é cortado por instrumentos não esterilizados. Há dor de cabeça, febre e contrações musculares, provocando rigidez na nuca e mandíbula. Há casos de morte por asfixia. A vacinação e os cuidados médicos (é aplicado o soro antitetânico em caso de ferimento suspeito) são essenciais.
Leptospirose: causada pela Leptospira interrogans, é transmitida pela água, alimentos e objetos contaminados por urina de ratos, cães e outros animais portadores da bactéria. Há febre alta, calafrios, dores de cabeça e dores musculares e articulares. É necessário atendimento médico para evitar complicações renais e hepáticas.
Tracoma: inflamação da conjuntiva e da córnea que pode levar à cegueira, é causada pela Chlamydia trachomatis. Surgem bolhas nos olhos e granulações nas pálpebras. É necessário pronto atendimento médico. A prevenção inclui uma boa higiene pessoal e o tratamento é feito com sulfas e antibióticos.
Disenterias bacilares: constituem a principal causa de mortalidade infantil nos países subdesenvolvidos, onde as casses mais pobres vivem em péssimas condições sanitárias e de moradia. São doenças causadas por diversas bactérias, como a Shigella e a Salmonella, e pelos colibacilos patogênicos. Transmitidas pela ingestão de água e alimentos contaminados, exigem pronto atendimento médico. A profilaxia só pode ser feita através de medidas de saneamento e melhoria das condições socioeconômicas da população.
Gonorréia ou blenorragia: causada por uma bactéria, o gonococo (Neisseria gonorrhoeae), transmite-se por contato sexual. Provoca dor, ardência e pus urinar. O tratamento deve ser feito sob orientação médica, pois exige o emprego de antibióticos.
Sífilis: provocada pela bactéria Treponema pallidum, é transmitida, geralmente, por contato sexual (pode passar também da mãe para o feto pela placenta). Um sinal característico da doença é o aparecimento, próximo aos órgãos sexuais, de uma ferida de bordas endurecidas, indolor (o "cancro duro"), que regride mesmo sem tratamento. Entretanto, essa regressão não significa que o indivíduo esteja curado, sendo absolutamente necessários diagnóstico e tratamento médicos. Sem tratamento, a doença tem sérias conseqüências, atacando diversos órgãos do corpo, inclusive o sistema nervoso, e provocando paralisia progressiva e morte.
Meningite meningocócica: infecção das meninges (membranas que envolvem o cérebro e a medula). Pode ser provocada por vírus, mas a forma mais comum de meningite é causada por uma bactéria - o meningococo. Os sintomas iniciais são febre alta, náuseas, vômitos e rigidez dos músculos da nuca. O doente não consegue encostar o queixo no peito e deve ser hospitalizado imediatamente, sendo submetido a tratamento por antibióticos, pois a doença pode ser fatal. Como é transmitida por espirro, tosse ou fala, é importante a notificação à escola caso uma criança a contraia.
Cólera: doença causada pela bactéria Vibrio cholerae (vibrião colérico), que se instala e se multiplica na parede do intestino delgado, produzindo substâncias tóxicas e provocando uma forte diarréia. As fezes são aquosas e esbranquiçadas (parecendo água de arroz), sem muco ou sangue. Ocorrem também cólicas abdominais, dores no corpo, náuseas e vômitos.
O grande perigo está na rápida desidratação provocada pela diarréia: o doente pode perder de um a dois litros de líquido por hora. Como conseqüência, o doente apresenta muita sede, cãibras, olhos encovados e pele seca, azulada e enrugada. Se o processo continuar, pode haver rápida insuficiência renal e morte em 24 horas ou menos. Por isso, é preciso procurar logo atendimento médico para que a perda de água seja controlada através de reidratação endovenosa com soro e antibióticos.
Mais de 90% das pessoas que contraem o cólera permanecem assintomáticos, isto é, não chegam a adoecer, podendo sofrer apenas uma diarréia branda (embora possam transmitir a doença por mais de trinta dias). A doença é contraída através da ingestão de água ou alimentos contaminados, crus ou mal cozidos (a bactéria morre em água fervida e em alimentos cozidos).
Embora haja vacinas contra o cólera, sua eficácia é apenas parcial (em geral, cerca de 50%) e dura poucos meses. Por isso, a doença somente pode ser erradicada através de medidas de higiene e saneamento básico.
Febre tifóide: causada pela Salmonella typhi, provoca úlceras no intestino, diarréia, cólica e febre. O tratamento é feito com antibióticos. A prevenção inclui vacinas e melhoria das condições

Bactérias
São unicelulares e estão entre os menores seres vivos conhecidos. Podem viver isolados ou formar colônias. Provavelmente são os organismos mais abundantes do planeta sendo encontrados em praticamente todos os ambientes.
Quanto a nutrição, podem ser autótrofas ou heterótrofas. As autótrofas podem sintetizar seu próprio alimento através da fotossíntese ou da quimiossíntese. As heterótrofas podem ser saprófitas, simbióticas ou parasitas.
Quanto a forma as bactérias podem ser classificadas: cocos, bacilos, espirilos e vibriões.
Cocos - bactérias de forma arredondada.
Bacilos - bactérias alongadas em forma de bastonetes.
Espirilos - são bactérias espiraladas.
Vibriões - são bactérias em forma de vírgulas.
Quanto a respiração elas podem ser aeróbias ou anaeróbias.
As bactérias tem alto poder de reprodução.
A principal forma de reprodução é a assexuada por divisão binária, bipartição ou cissiparidade. Neste caso um indivíduo se divide originando dois outros idênticos.
As bactérias podem realizar também um processo semelhante a reprodução sexuada típica, chamado conjugação: duas bactérias se ligam através de pontes citoplasmáticas; ocorre então a transferência de DNA de uma bactéria para outra. Por este processo ocorrem recombinações gênicas.
Algumas bactérias podem ser úteis ao homem e são utilizadas na agricultura, e na indústria (produção de iogurte, queijos, vinhos). Na indústria farmacêutica, bactérias do gênero Bacillus são utilizadas na produção de antibióticos. Outras bactérias são agentes causadores de diversas doenças em plantas e animais, inclusive no homem.
São também muito importante ao meio ambiente na decomposição de matéria orgânica, pois ingerem restos de animais e plantas.

Doenças Causadas por Vírus
Os vírus podem causar doenças em plantas e animais. As principais doenças causadas por vírus que atingem o homem são:
Hidrofobia (Raiva): saliva introduzida pela mordida de animais infectados (o cão, por exemplo). Infecção: o vírus penetra pelo ferimento e instala-se no sistema nervoso. Controle: vacinação de animais domésticos e aplicação de soro e vacina em pessoas mordidas. Sintomas e características: febre, mal-estar, delírios, convulsões, paralisia dos músculos respiratórios (é doença mortal).
Hepatite Infecciosa: transmissão: gotículas de muco e saliva; contaminação fecal de água e objetos. Infecção: o vírus instala-se no fígado onde se multiplica, destruindo células. Controle: injeção de gamaglobulina em pessoas que entram em contato com o doente; saneamento, cuidados com alimentos ingeridos. Sintomas e características: febre, anorexia, náuseas, mal-estar, icterícia (pode ser fatal).
Caxumba: transmissão: contato direto; objetos contaminados; gotículas de saliva. Infecção: o vírus multiplica-se nas glândulas parótidas; eventualmente localiza-se em outros órgãos, como ovários e testículos. Controle: vacinação. Sintomas e características: parotidite (infecção das parótidas), com inchaço abaixo e em frente das orelhas (pode tornar a pessoa estéril se atingir os testículos ou os ovários).
Gripe: transmissão: gotículas de secreção expelidas pelas vias respiratórias. Infecção: o vírus penetra pela boca ou pelo nariz, localizando-se nas vias respiratórias superiores. Controle: nenhum. Sintomas e características: febre, prostração, dores de cabeça e musculares, obstrução nasal e tosse.
Rubéola: transmissão: gotículas de muco e saliva; contato direto. Infecção: o vírus penetra pelas vias respiratórias e se dissemina através do sangue. Controle: aplicação de imunoglobulina (com efeito protetor discutível). Sintomas e características: febre, prostração, erupções cutâneas (em embriões provoca a morte ou deficiências congênitas).
Varíola: transmissão: gotículas de saliva; objetos contaminados e contato direto. Infecção: o vírus penetra pelas mucosas das vias respiratórias e dissemina-se através do sangue; finalmente, atinge a pele e as mucosas, causando lesões. Controle: vacinação. Sintomas e características: febre alta e erupções cutâneas (geralmente deixando cicatrizes na pele; pode ser fatal).
Sarampo: transmissão: contato direto e indireto com secreções nasofaríngeas da pessoa doente. Infecção: o vírus penetra pelas mucosas das vias respiratórias e dissemina-se através do sangue. Controle: vacinação. Sintomas e características: febre alta, tosse, vermelhidão por todo o corpo (pode ser fatal em crianças).
Febre Amarela: transmissão: Picada de mosquitos, entre os quais se destaca o Aedes aegypti. Infecção: o vírus penetra através da pele, dissemina-se pelo sangue e localiza-se no fígado, na medula óssea, no baço e em outros órgãos. Controle: vacinação e combate aos mosquitos transmissores. Sintomas e características: febre alta, náuseas, vômitos, calafrios, prostração e pele amarelada (pode ser fatal).
Poliomielite: transmissão: alimento e objetos contaminados; secreções respiratórias. Infecção: o vírus penetra pela boca, multiplica-se no intestino, dissemina-se pelo sangue e instala-se no sistema nervoso central, onde destrói os neurônios. Controle: vacinação. Sintomas e características: paralisia dos membros; em muitos casos ocorrem apenas febres baixas e indisposição, que logo desaparecem sem causar problemas (provoca deficiência física).
AIDS (Síndrome da Imuno-Deficiência Adquirida): transmissão: sangue, esperma e muco vaginal contaminados. Infecção: o vírus penetra no organismo através de relações sexuais, uso de agulhas de injeção contaminadas ou transfusões de sangue infectado; ataca o sistema imunológico. Controle: uso de preservativos (Camisinha-vénus) nas relações sexuais e de agulhas descartáveis ou esterilizadas; controle rigoroso, por parte dos bancos de sangue da qualidade do sangue doado; ainda não existem remédios ou vacinas eficazes contra a doença. Sintomas e características: febre intermitente, diarréia, emagrecimento rápido, inflamação dos gânglios linfáticos, doenças do aparelho respiratório, infecções variadas, câncer de pele (doença mortal em 100% dos casos).

Vírus
Vírus são os únicos organismos acelulares da Terra atual.

Os vírus são seres muito simples e pequenos (medem menos de 0,2 µm), formados basicamente por uma cápsula proteica envolvendo o material genético, que, dependendo do tipo de vírus, pode ser o DNA, RNAou os dois juntos (citomegalovírus). A palavra vírus vem do Latim vírus que significa fluído venenoso outoxina. Atualmente é utilizada para descrever os vírus biológicos, além de designar, metaforicamente, qualquer coisa que se reproduza de forma parasitária, como ideias. O termo vírus de computador nasceu por analogia. A palavra vírion ou víron é usada para se referir a uma única partícula viral que estiver fora da célula hospedeira.
Das 1.739.600 espécies de seres vivos conhecidos, os vírus representam 3.600 espécies.

Ilustração do vírus HIV mostrando as proteínas do capsídeo responsáveis pela aderencia na célula hospedeira.
 
Vírus é uma partícula basicamente proteica que pode infectar organismos vivos. Vírus são parasitas obrigatórios do interior celular e isso significa que eles somente se reproduzem pela invasão e possessão do controle da maquinaria de auto-reprodução celular. O termo vírus geralmente refere-se às partículas que infectam eucariontes (organismos cujas células têm carioteca), enquanto o termo bacteriófago ou fago é utilizado para descrever aqueles que infectamprocariontes (domínios bacteria e archaea).
Tipicamente, estas partículas carregam uma pequena quantidade de ácido nucleico (seja DNA ou RNA, ou os dois) sempre envolto por uma cápsula proteica denominada capsídeo. As proteínas que compõe o capsídeo são específicas para cada tipo de vírus. O capsídeo mais o ácido nucleico que ele envolve são denominados nucleocapsídeo. Alguns vírus são formados apenas pelo núcleo capsídeo, outros no entanto, possuem um envoltório ou envelope externo ao nucleocapsídeo. Esses vírus são denominados vírus encapsulados ou envelopados.

O envelope consiste principalmente em duas camadas de lipídios derivadas da membrana plasmática da célula hospedeira e em moléculas de proteínas virais, específicas para cada tipo de vírus, imersas nas camadas de lipídios.
São as moléculas de proteínas virais que determinam qual tipo de célula o vírus irá infectar. Geralmente, o grupo de células que um tipo de vírus infecta é bastante restrito. Existem vírus que infectam apenas bactérias, denominadas bacteriófagos, os que infectam apenas fungos, denominados micófagos; os que infectam as plantas e os que infectam os animais, denominados, respectivamente, vírus de plantas e vírus de animais.


Esquema do Vírus HIV

Os vírus não são constituídos por células, embora dependam delas para a sua multiplicação. Alguns vírus possuem enzimas. Por exemplo o HIV tem a enzima Transcriptase reversa que faz com que o processo de Transcrição reversa seja realizado (formação de DNA a partir do RNA viral). Esse processo de se formar DNA a partir de RNA viral é denominado retrotranscrição, o que deu o nome retrovírus aos vírus que realizam esse processo. Os outros vírus que possuem DNA fazem o processo de transcrição (passagem da linguagem de DNA para RNA) e só depois a tradução. Estes últimos vírus são designados de adenovírus.
Vírus são parasitas intracelulares obrigatórios: a falta de hialoplasma e ribossomos impede que eles tenham metabolismo próprio. Assim, para executar o seu ciclo de vida, o vírus precisa de um ambiente que tenha esses componentes. Esse ambiente precisa ser o interior de uma célula que, contendo ribossomos e outras substâncias, efetuará a síntese das proteínas dos vírus e, simultaneamente, permitirá que ocorra a multiplicação do material genético viral.
Em muitos casos os vírus modificam o metabolismo da célula que parasitam, podendo provocar a sua degeneração e morte. Para isso, é preciso que o vírus inicialmente entre na célula: muitas vezes ele adere à parede da célula e "injeta" o seu material genético ou então entra na célula por englobamento - por um processo que lembra a fagocitose, a célula "engole" o vírus e o introduz no seu interior.


Regras de nomenclatura
  • O nome do gênero e da espécie devem ser escrito em latim e grifados;
  • Cada organismo deve ser reconhecido por uma designação binominal, onde o primeiro termo indica o seu gênero e o segundo, a sua espécie. Ex: Canis familiaris (cão); Musca domestica (Mosca);
    O nome relativo ao gênero deve ser escrito com inicial maiúscula e o da espécie com inicial minúscula. Ex: Homo sapiens (Homem);
    OBS: Nos casos em que o nome da espécie se refere a uma pessoa, a inicial pode ser maiúscula ou minúscula. Ex: Trypanosoma cruzi (ou Cruzi) — nome dado por Carlos Chagas ao micróbrio causador da doença de Chagas, em homenagem a Oswaldo Cruz;
  • Quando se trata de subespécies, o nome indicativo deve ser escrito sempre com inicial minúscula (mesmo quando se refere a pessoas), depois do nome da espécie. Exs: Rhea americana alba (ema branca);Rhea americana grisea (ema cinza);
  • Nos caso de subgênero, o nome deve ser escrito com inicial maiúscula, entre parenteses e depois do nome do gênero. Ex: Anopheles (Nyssurhynchus) darlingi (um tipo de mosquito).


sobre as categorias taxonômicas




Taxonomia 


 é a ciência que classifica os seres vivos. Também chamada de “taxionomia” ou “taxeonomia”, ela estabelece critérios para classificar todos os animais e plantas sobre a Terra em grupos de acordo com as características fisiológicas, evolutivas e anatômicas e ecológicas de cada animal ou grupo animal.



Reprodução sexuada


Reprodução assexuada

REPRODUÇÃO ASSEXUADA e REPRODUÇÃO SEXUADA
REPRODUÇÃO ASSEXUADA: vantagens: é um processo rápido e com um pequeno gasto de energia. Visto que a divisão nuclear é um processo de mitose, assegura a formação de clones e, sendo que todos os indivíduos podem originar descendentes, um só indivíduo pode colonizar habitats de condições semelhantes, sem a intervenção de um segundo indivíduo. desvantagens: sendo que os indivíduos são clones, a diversidade dos mesmos é praticamente nula e, assim, não favorece a evolução das espécies, tendo como uma difícil adaptação dos novos indivíduos ao meio como consequência. REPRODUÇÃO SEXUADA: vantagens: proporciona uma grande variabilidade de características na descendência, o que permite às espécies não só mais capacidade de sobrevivência, no caso de haver mudanças de ambiente, mas como também permite a evolução das espécies para novas formas. desvantagens: é um processo lento, com um enorme dispêndio de energia, tanto na formação dos gâmetas, como nos processos que desencadeiam a fecundação.









terça-feira, 10 de abril de 2012



Diferença entre células procariotas e eucariotas




As células são a menor unidade estrutural e funcional de um ser vivo, e podem ser procariotas ou eucariotas. De forma genérica, todas elas possuem membrana plasmática, estrutura esta que dá forma, protege e seleciona a entrada e saída de substâncias pela célula; citoplasma, região fluida na qual ocorre a maioria dos processos metabólicos e produção de diversas substâncias; e material genético, onde estão registradas instruções que controlam o funcionamento celular. 

Células procarióticas são mais simples que as eucarióticas. Nestas, o DNA não está envolto por uma membrana, não há núcleo definido pela carioteca (membrana nuclear) e podemos encontrar ribossomos dispersos no citoplasma, organelas estas responsáveis pela síntese proteica. Moléculas circulantes de DNA, os plasmídios, também podem ser encontradas. Externamente à membrana plasmática destas células, há a parede celular. Indivíduos procarióticos são unicelulares, sendo estes: as bactérias, cianofíceas, micoplasmas, rickéttsias e clamídias. Alguns destes indivíduos, como as cianofíceas, apresentam pigmentos responsáveis pela fotossíntese.


Já as células eucarióticas, possuem maior tamanho e complexidade, a começar pelo núcleo individualizado, envolvido pela carioteca. Seu citoplasma é interconectado por uma rede de tubos e canais membranosos e é onde, além de ribossomos, também são encontradas mitocôndrias, retículo endoplasmático granuloso e não granuloso, complexo golgiense, lisossomos, peroxissomos, centríolos, dentre outras organelas. Exemplos de indivíduos eucariotas: animais, vegetais, fungos e protozoários.




ORIGEM DA VIDA NA TERRA

Prof. Renato Las Casas (27 de Novembro de 2001)
       Existe vida no planeta Terra!
      Das duas, uma: Ou a vida se formou aqui, a partir dos elementos químicos que deram origem ao nosso planeta ("Geração Espontânea"); ou a vida veio de fora, em estágio de desenvolvimento que pode ter sido mais ou menos complexo ("Panspermia").


    
  "A Origem da Vida" é uma das grandes questões científicas da Humanidade e tem sido abordada pelos mais ilustres pensadores há milênios.
      Anaxágoras, precessor de Sócrates, advogava a favor da "Panspermia".
      Aristóteles defendia a "Geração Espontânea". Foi ele o formulador da primeira teoria científica de origem da vida, que conhecemos. De acordo com sua teoria, existiriam dois princípios: um passivo, que é a matéria e outro ativo, que é a forma. Dentro de certas condições esses dois princípios se combinariam, originando a "vida". Assim se explicava como carne podre gerava larvas de moscas, por exemplo.

      A teoria da Geração Espontânea tem tido a preferência da ciência há mais de 2.000 anos. Durante a idade média, contou com inúmeros ilustres defensores, tais como Santo Agostinho, São Tomás de Aquino, René Descartes e Isaac Newton.
       Um dos primeiros opositores de destaque à "teoria oficial" da Geração Espontânea foi o médico e naturalista florentino Francesco Redi (1626-1698). Em resposta a Aristóteles, Redi demonstrou experimentalmente que só aparecem larvas de moscas na carne podre, quando deixamos moscas pousar nessa carne.
      A teoria da Geração Espontânea, tal como formulada por Aristóteles, só foi refutada definitivamente no século XIX, graças ao trabalho de Louis Pasteur.
      Com o reconhecimento que a vida provém sempre de outras formas de vida, Lord Kelvin, um dos mais importantes cientistas do final do século XIX, retomou a teoria da Panspermia, segundo a qual a vida teria sido "semeada" em nosso planeta, vinda do espaço.


      Nas últimas décadas cresceram  mais as dúvidas, que o nosso entendimento relativos à teoria da Geração Espontânea. Essa teoria continua sendo a mais aceita, menos por "evidências" a seu favor e mais pela nossa dificuldade no entendimento de certas questões básicas relativas à Panspermia (Como a vida poderia sobreviver à radiação emitida pelas estrelas e presente por toda Galáxia?; Como a vida poderia ter "viajado" até nosso planeta?; etc.)
      No século passado a idéia "panspermica" ressurgiu com força. Algumas teorias espetaculosas, tal como a "Panspermia Dirigida" de Francas Circo e Lesei Orle, foram muito discutidas, principalmente por seu forte apelo entre os amantes da ficção científica. Segundo esses autores, seres inteligentes pertencentes a outros sistemas planetários, teriam colonizado a Terra e provavelmente outros planetas. O grande argumento a favor dessa teoria estaria no fato do molibdênio, elemento raro no nosso planeta, ser essencial para o funcionamento de muitos enzimas chave do metabolismo dos seres vivos.


origem da vida



Representação da Terra primitiva.


Até o presente momento, a Teoria do Big Bang é utilizada para explicar o surgimento da Terra. Acredita-se que nosso planeta se formou há 4,5 bilhões de anos e, durante cerca de um bilhão de anos, sofreu processos importantes, como seu resfriamento, viabilizando o surgimento da vida.
Estudiosos mais antigos acreditavam que os seres vivos surgiam espontaneamente da matéria bruta – a hipótese da geração espontânea, também chamada de abiogênese. Entretanto, por meio de diversos experimentos, executados por cientistas, como Redi, Needham, Spallanzani e Pasteur, foi possível descartar essa hipótese, adotando a biogênese, que afirma que os micro-organismos surgem a partir de outros preexistentes.
Embora tenha respondido uma grande questão, a biogênese não explica como se dá o processo de surgimento de uma espécie a partir de outra. Assim, existem algumas explicações para tal, sendo a origem por evolução química a mais aceita pela categoria científica. Essa teoria propõe que a vida surgiu a partir do arranjo entre moléculas mais simples, aliadas a condições ambientais peculiares, formando moléculas cada vez mais complexas, até o surgimento de estruturas dotadas de metabolismo e capazes de se autoduplicar, dando origem aos primeiros seres vivos. Oparin, Haldane e Miller são os precursores dessa hipótese.
Atualmente, acredita-se que o primeiro ser vivo era autotrófico. Dois motivos justificam sua ampla aceitação: o fato do planeta provavelmente não dispor de moléculas orgânicas suficientes para sustentar as multiplicações dos primeiros seres vivos até que a fotossíntese surgisse, e o fato de que, em razão da instabilidade do planeta, estes organismos só conseguiriam sobreviver se estivessem em locais mais protegidos, como fontes termais submarinas dos mares primitivos. Assim, a hipótese autotrófica sugere que os primeiros seres vivos surgiram primeiramente em ambientes mais extremos, nutrindo-se a partir da reação entre substâncias inorgânicas, tal como algumas archaeas atuais: processo este denominado quimiossíntese. Essa hipótese sugere ainda que, a partir desses primeiros seres vivos, surgiram aqueles capazes de realizar fermentação, depois os fotossintéticos e, por último, os seres heterotróficos.
Acredita-se que esses primeiros indivíduos eram procarióticos, compartilhando diversas semelhanças com as arqueas; e, há cerca de dois bilhões de anos, surgiu a célula eucariótica.